Mátéria do dia
O retrato de uma família desestruturada. Um crime bárbaro que mobilizou a opinião pública revela a que ponto pode chegar o ser humano.
O crime cometido pelo casal rebaixa o ser humano ao mais inrracional das espécies, pois até mesmo os animais são incapazes de ferir sua cria, antes oferecem toda proteção.
Após cinco dias de julgamento o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foi condenado no início da madrugada do sábado (27) pela acusação da morte de Isabella Nardoni, ocorrida em 29 de março de 2008. Na época, a garota tinha cinco anos. Nardoni foi sentenciado a 31 anos, um mês e 10 dias. Jatobá, a 26 anos e 8 meses de prisão.
A decisão dos jurados foi lida pelo juiz Maurício Fossen. Sete pessoas, três homens e quatro mulheres, foram incumbidas de decidir o futuro do casal. Cinco delas jamais haviam participado de um júri.
O juiz Fossen interrompeu a votação quando a contagem chegou a quatro votos favoráveis à condenação - segundo ele, o objetivo foi garantir o sigilo da escolha de cada jurado. Assim, não é possível afirmar que os réus foram condenados por unanimidade.
Enquanto a leitura da sentença era feita pelo juiz, Nardoni, de 31 anos, e Anna Jatobá, de 26 anos (coincidentemente o mesmo tempo de sentença dado a cada um dos réus), esboçaram pouca reação e choraram de forma discreta. Do lado de fora do fórum, quase três minutos de explosões de fogos de artifícios se seguiram.
O casal saiu do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, direto para o presídio de Tremembé. Na saída de Nardoni e Jatobá em direção ao presídio, a polícia no local chegou a usar gás de pimenta para afastar a aglomeração que tentou atacar o camburão.
O advogado de defesa Roberto Podval recorreu da decisão logo após o anúncio do veredicto - o casal não terá o direito de aguardar em liberdade. Logo após o pronunciamento do juiz, Cembranelli expressou que a confiança na condenação do casal Nardoni era 'total'.